Em meio a inúmeras notícias ruins devido a pandemia do novo coronavírus, a primavera chegou enaltecendo a beleza do jardim do Hospital Regional de Piracicaba “Dra. Zilda Arns” (HRP). O responsável pela manutenção é o jardineiro Gileno Vieira Ferreira.
Gileno cuida de toda área verde do hospital, colocando em prática os planos de arborizar e dar mais vida às áreas verdes da instituição. Sem a aplicação de defensivos ou adubos, ele diz que o cuidado com as plantas se baseia apenas em uma boa irrigação e “força de vontade”.
“Quando cheguei aqui com a missão de cuidar dos jardins, há um ano, ele estava bem deteriorado com muitas ervas daninhas, pragas, folhagens mortas etc. Foi uma questão de poucos meses para recuperá-las já que não podemos usar produtos químicos nas plantas, mas mesmo assim o resultado foi animador”, comemora Ferreira.
A diversidade de espécies plantadas no hospital é superior a 30 tipos e sempre um colaborador traz alguma planta nova. “As mudas que recebo, inclusive orquídeas, procuro colocar nos lugares com maior visibilidade, para alegrar o dia de quem passa. Me sinto muito feliz, por Deus dar essa força e alegria de eu conseguir dar vida para esse jardim”, conta o jardineiro.
Na área externa do hospital, Gileno montou um viveiro onde coloca as mudas. Ele junto a diretoria do HRP teve a iniciativa de criar um bosque próximo ao estacionamento de funcionários, com mudas de árvores cedidas pela prefeitura. O bosque tem o objetivo de ser uma área verde para o HRP.
Devido ao fluxo de pessoas que o hospital recebe todos os dias, os pacientes e familiares estão em constante contato com o jardim do HRP e elogiam as variedades de plantas espalhadas e admiram os espaços verdes, que podem confortar em um momento difícil. “Eu vejo que cada plantinha que coloco aqui dentro é uma vida que está revivendo com a vitória de quem sai daqui”.
Para Gileno, o simples fato de uma paisagem verde – florida ou não – pode influenciar pessoas que chegam ou saem do hospital triste por perder alguém. “Quando alguém vê uma planta sendo colocada ou florescendo acaba se espelhando, porque se uma planta pode se reerguer ela também pode”, reflete Vieira.
Mesmo diante de elogios e admirações, os jardins acabam sendo violados. São muitos os registros pelo jardineiro de bitucas de cigarro, papéis e até muda arrancada e pisada. “O recado que eu deixo é que as pessoas vejam a planta como uma vida, muitos pisam, destroem ou machucam. Plantas são algo que revigoram a nossa vida e nos dá esperança, principalmente nesses dias difíceis. Sem plantas não há vida. Então devemos cuidar e respeitar”, conclui Gileno.
Confira mais imagens do nosso Jardim:
Letícia Azevedo e Danilo Candido