O 1º Simpósio de Fisioterapia do Hospital Regional de Piracicaba (HRP-Unicamp), realizado no último sábado (27/04), reuniu 17 palestrantes que representam a nata da área no Estado de São Paulo e um público recorde na instituição: 165 pessoas. Profissionais trouxeram a expertise da Fisioterapia Hospitalar, dentre eles, Kelly Oliveira da USP de Ribeirão Preto, e Luciana Castilho de Figueiredo da Unicamp. A maratona inaugurou uma nova fase com grandes eventos no HRP-Unicamp.
” O HRP-Unicamp está firmando os passos cada vez mais no binômio ensino/pesquisa. Nosso aporte na parceria com a Unicamp, que vem sendo solidificado com reuniões recentes com o reitor, Antonio José de Almeida Meirelles, representantes da Faculdade de Medicina da Unicamp e colegas da Diretoria Executiva da Área da Saúde (Deas), indica que nossa instituição caminha a passos largos para se tornar um celeiro no fomento ao ensino e à pesquisa, oferecendo ao paciente do Sistema Único de Saúde (SUS) serviços com qualidade excelente”, afirmou o superintendente do HRP-Unicamp, médico infectologista Vitor Marim.

Com um público participativo e temas atuais, os debates extrapolaram a razão do tempo. “Os debates foram tão intensos e profícuos que tivemos até de atrasar a parada para o almoço. Recebemos como palestrantes nomes significativos no universo da Fisioterapia e um público totalmente comprometido com ensino/pesquisa. O Núcleo de Educação Permanente e Pesquisa (NEP) do HRP-Unicamp tem como meta cada vez mais ampliar e promover as pesquisas científicas e os eventos sobre diferentes temas da área da saúde”, afirmou José Eustáquio de Souza Júnior, líder do Ensino e Pesquisa do NEP.

(Fotos: Letícia Azevedo/Decom/HRP-Unicamp)
Durante o evento, a palestrante Kelly Oliveira, 36 anos, fisioterapeuta do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, ressaltou a importância da prática baseada em evidências científicas. “Simpósios como esse são extremamente importantes e existe algo em comum na área da saúde que é a prática baseada em evidência. Tudo o que a gente faz no dia a dia só pode acontecer se tiver evidência científica. E essas evidências científicas são mostradas nesses eventos, então, essa é uma das formas mais efetivas de se atualizar para trazer o melhor atendimento para o paciente.”

Já Luciana Castilho de Figueiredo, coordenadora do Serviço de fisioterapia e terapia ocupacional do Hospital de Clínicas da Unicamp, onde trabalha desde 1993, destacou o mercado de trabalho, onde o ambiente hospitalar ainda é visto com uma certa resistência por parte dos recém-formados. “A opção do aluno pela área hospitalar depende da estrutura de cada curso e a estrutura que eu digo é de prática. Quando a gente tem uma pequena oferta de vivência na prática hospitalar, às vezes, os alunos saem até com medo. A pandemia trouxe um status para melhorar essa opção. Nós passamos a ser heróis e por isso nós tivemos muita entrada de alunos querendo fazer a pós-graduação da Unicamp nesse momento, mas é ao contrário na graduação. Por isso que a gente tem programas de estágio para quem está na graduação conseguir vivenciar um pouco esse ambiente de hospital lá na Unicamp”, avaliou Luciana.
Sem esconder a admiração pelo time que enfrenta os desafios do cotidiano de um hospital,
Ana Luiza Souza, 19 anos, estudante do 3° semestre de Fisioterapia na Faculdade Anhembi/Morumbi de Piracicaba, revela sua paixão pela carreira.

“Escolhi Fisioterapia porque era uma paixão desde pequena e quando fiquei mais adulta, fiquei pensando e decidi tentar a faculdade e, hoje. eu me vejo muito na profissão. Simpósios como esse agrega muito lá na frente, tanto no currículo como na experiência e como saber lidar com algumas situações. Penso que o fisioterapeuta da área hospitalar tem que ser muito forte para lidar com as situações tensas. Para mim, o fisioterapeuta hospitalar é a esperança da pessoa de melhorar e de ter progresso na sua recuperação”, finalizou Ana Luiza.
Com informações de Letícia Azevedo