As temperaturas nem caíram abaixo de 10 graus, mas considerando o calor fora de hora registrado no último Outono, o frio dos últimos dias mudou o cenário do HRP-Unicamp. Pacientes e acompanhantes desfilaram seu casacos mais pesados e procuraram um afago para se esquentar na manhã desta quarta-feira (03/07/24). Gorros com pluminhas, sem o acessório e até boinas estilo jamaicano/baiano protegeram as cabeças compondo um visual de Inverno nas recepções.

Mãe e filha, moradoras de Conchal, exibiram seus casacos com generosos gorros e muito afeto na Recepção de Internação do HRP-Unicamp. “Na segunda-feira estava muito mais frio, quando fiz a primeira consulta para fazer uma cirurgia de retirada de pedras e achei que fosse demorar, mas não deu nem tempo para eu arrumar a malinha direito e já me chamaram. Sai hoje (03/07/24)  de Conchal, às 7h, e estava geando. Agora vou me internar para a cirurgia”, afirmou Juliana Celerinta, de 49 anos, satisfeita com a agilidade da instituição.

A filha e acompanhante da dona Juliana, Marília Gouveia, de 25 anos, tem uma teoria socioeconômica curiosa sobre as temperaturas mais baixas:

“Frio é para rico, que não precisa acordar cedo para trabalhar e ainda pode viajar para os lugares chiques de Inverno”, comentou se divertindo da própria convicção. Para driblar as baixas temperaturas, além de muita roupa e chocolate quente, Marília não dispensou o aconchego da mãe.

Já o baiano Adelson Lopes de Deus, nascido em Itaberaba e residente de Limeira há 23 anos, procurou um solzinho para espantar a friagem dessa manhã. “Estou em São Paulo há muito tempo, mas ainda não me acostumei com o frio. Gosto mesmo de ficar com mais liberdade usando bermudão, camiseta e chinelos, ainda mais agora que estou aposentado”, afirmou Deus, que não dispensou a boina jamaicana/baiana para se proteger do frio. Ele acompanhava a esposa, dona  Cleusa, no pós-cirúrgico de Cataratas.